Seu texto me lembrou que eu tinha tanto orgulho de ser generosa e cuidar dos outros. Falava disso com a boca cheia. Eu sou generosa e gentil. Eu cuido dos outros. E aí me dei conta que eu era generosa e gentil e cuidadosa porque eu morria de medo que os outros fossem embora. E doeu porque quebrou alguma coisa aqui dentro. Levou um tempo pra que eu conseguisse ser generosa e gentil e cuidadosa porque fazia sentido pra mim, e não por medo de que os outros fossem embora.
É uma linha muito tênue entre o que fazemos porque é parte de quem somos e o que fazemos pela socialização, pelo o que nos ensinaram que devemos ser. Inclusive, na sociedade em que vivemos uma mulher que não se doa é chamada de egoísta e muitas vezes as pessoas se afastam por "não ter vantagens". É um grande desafio se equilibrar nessa corda bamba....
Sim, ser generosa porque queremos, com quem queremos, na hora que queremos, e não o tempo todo, apenas porque "tem que ser assim". Um desafio. Mas a gente vai tentando.
Acho a generosidade uma das características mais incríveis que alguém pode carregar, só é preciso distingui-la de um desejo genuíno e puro de dar do medo de perder ou de ficar sem amor. É difícil; é muita separação de imposições históricas do patriarcado. Mas adorei como esse episódio com tua filha também te fez refletir sobre tudo isso :)
Cândida, eu também acho a generosidade uma das características mais incríveis, ao meu ver, ela pode nos auxiliar nos moldes que vemos a vida, e isso é muito. Distingui-la da servidão (que vem do patriarcado) é que são elas né, sempre cheio de pegadinhas que por vezes caímos.
Um dos textos mais fortes sobre maternidade e mulheres que li recentemente. E tenho lido muita coisa. Vai ficar guardado para ler de vez em sempre. Obrigada!
Que reflexivo, Ana. Aqui tmb é super gatilho, paro pra refletir mtas vezes...e a culpa costuma vir na sombra. A culpa do não. A "generosidade", o estar sempre pronta, o antecipar, não pedir ajuda. Heranças que foram distorcidas pelo mundo patriarcal que me fazem repensar seus conceitos. ⭐️
Seu texto me lembrou que eu tinha tanto orgulho de ser generosa e cuidar dos outros. Falava disso com a boca cheia. Eu sou generosa e gentil. Eu cuido dos outros. E aí me dei conta que eu era generosa e gentil e cuidadosa porque eu morria de medo que os outros fossem embora. E doeu porque quebrou alguma coisa aqui dentro. Levou um tempo pra que eu conseguisse ser generosa e gentil e cuidadosa porque fazia sentido pra mim, e não por medo de que os outros fossem embora.
É uma linha muito tênue entre o que fazemos porque é parte de quem somos e o que fazemos pela socialização, pelo o que nos ensinaram que devemos ser. Inclusive, na sociedade em que vivemos uma mulher que não se doa é chamada de egoísta e muitas vezes as pessoas se afastam por "não ter vantagens". É um grande desafio se equilibrar nessa corda bamba....
Sim, ser generosa porque queremos, com quem queremos, na hora que queremos, e não o tempo todo, apenas porque "tem que ser assim". Um desafio. Mas a gente vai tentando.
É isso. A gente vai tentando e passando novas percepções as gerações que chegam.
Acho a generosidade uma das características mais incríveis que alguém pode carregar, só é preciso distingui-la de um desejo genuíno e puro de dar do medo de perder ou de ficar sem amor. É difícil; é muita separação de imposições históricas do patriarcado. Mas adorei como esse episódio com tua filha também te fez refletir sobre tudo isso :)
Cândida, eu também acho a generosidade uma das características mais incríveis, ao meu ver, ela pode nos auxiliar nos moldes que vemos a vida, e isso é muito. Distingui-la da servidão (que vem do patriarcado) é que são elas né, sempre cheio de pegadinhas que por vezes caímos.
Obrigada pela leitura!
Um dos textos mais fortes sobre maternidade e mulheres que li recentemente. E tenho lido muita coisa. Vai ficar guardado para ler de vez em sempre. Obrigada!
Fico feliz demais que tenha chegado até você desta forma Juliana. A escrita transforma, aproxima nós de nós mesmas e isso é bonito demais...
Amei!
🤎🤎🤎
<3
Esse texto é tão teu. Amo quando você escreve assim, costurando pelo lado de dentro. Desse lado, a gente sente. E que história bonita.
Essas costuras do lado de dentro são as mais difíceis (pra mim) , porém, as que mais dizem sobre mim. Amo o olhar que tem sobre minha escrita ❤️
Ser mulher e todas as camadas que envolvem nisso.
Texto que é lindo e tocante ao mesmo tempo.
Obrigada por isso, querida Ana! <3
Ser mulher e suas camadas, por vezes violentas, em outras recompensante.
Obrigada pela leitura sempre generosa Bru!
Poxa, Ana.
Obrigada por tudo que você provoca em mim.
Ganhei meu dia com um comentário desse ❤️
🩵 Maravilhosa.
que texto maravilhoso, amiga!
Obrigada amiga!!
Que reflexivo, Ana. Aqui tmb é super gatilho, paro pra refletir mtas vezes...e a culpa costuma vir na sombra. A culpa do não. A "generosidade", o estar sempre pronta, o antecipar, não pedir ajuda. Heranças que foram distorcidas pelo mundo patriarcal que me fazem repensar seus conceitos. ⭐️
Os conceitos se misturam e a gente se perde com uma facilidade assustadora.....